terça-feira, 12 de outubro de 2010

Supra-sinceridade

Olá, caros não-leitores de meu humilde blog. Estou há muito tempo sem postar nada de interessante. Melhor, estou a muito tempo sem postar. O interessante faz isso parecer meio imparcial. Bom, não tenho mais idéias "geniosas" sobre a política, sobre esse negócio de 12 anos do novo lulismo, que através da democracia e populismo sofista consegue se manter no poder, ou sobre um candidato como o tiririca ser eleito como que se fosse Napoleão III. Isso tudo daria um belo texto. Falar da democracia grega, movimento operário no Brasil, nossa, daria pra ir longe. O problema é que isso tudo simplesmente me enjoa.

Cansei de pensar e resolvi escrever. Escrever que esse caralho de mundo e de seres humanos tem me deixado constantemente mais decepcionado, me dando às vezes vergonha de ser um deles. É forte a obrigação e a dureza de, sendo inteligente, não poder escolher ter nascido , sei lá, um tigre-dente-de-sabre da sibéria ou uma pedra que fosse.

Estou um tanto quanto cansado dessa sociedade que nos força a ter padrões de opinião e preocupação sobre a vida alheia que são deveras ridículos e desprezíveis.

Estou cansado da minha ex-forçada bondade ser paga com açoites e esculachos.
Milhões daqueles que riem pelos que se matam para abraçá-los. Cnasei dessa estupidez generalizada de maus tratos e , principalmente, de hipocrisia interna e externa.

Vou lá então. Estudar, para trabalhar, trabalhar, trabalhar. Com dinheiro casar, ter filhos, ter comida, assistir TV a tarde, ir pra lá ou pra cá (trabalhando sempre, é claro) E finalmente morer. Ai vãotodos ao enterro, e algum vai dizer alguma coisa bonita do tipo: Ele era especial. Bom, meus filhos vão viver pra trabalhar até morrer, para que os filhos deles trabalhem e morram e ouçam lindas palavras quando mortos. Puta que o pariu, deve ter algo melhor do que essa vida...

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