quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dama

A dama, conheci essa semana, na segunda não era séria, na sexta não era profana.

Me engana, em sua frente viro lama, apagando a minha chama (Engana), não era só pela fama, pela luta do Quintana, me assassinou a dama ( A dama) Que já morreu por outra dama, que não é de fazer drama, pelo nome não me chama (Profana).
 Bacana como dama não se dana, o seu ponto não exclama, engana dama, dona dama. Eu choro, na noite me revigoro, dama dama eu adoro, todo dia da semana. (Que drama)
A dama, lágrimas nunca verteu, o seu beijo não foi meu, nem foi dela minha cama (abana) Engana, é boa em ser só dama, olhos verdes como flama essa dama é insana (profana) Encanta canta tudo em menor, eu só quero o melhor de um pouco dessa dama ( Que drama)
Não sou forte isso eu sei, não sou plebe não sou rei, por um momento de segundo em eterno eu amei (A dama) Profana, me engana, a dama.
A dama, mas que ser inferior! Que não sente a minha dor! Tão insana, tão insana! Insana, tão maluca, tão sem samba, não me encanta essa dama, todo o dia da semana (Que drama)

Sou poeta sem limite, eu sou triste então me mate, não esqueço desse drama (Que dama). (Insana) Que traiu o seu marido, com o seu melhor amigo, o que será que ela ama? A dama, insana, profana, sem drama.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Não sei o que dizer mesmo, tanto faz, não sei.

Se eu vou continuar? Continuar?
Tipo, para sempre?
Não, óbvio que não.

Mas sou um Caeiro às vezes, perdoem-me.

Sabe quando a gente quer muito falar algo para alguém e não pode?
Porque não há histórico de relacionamento suficiente?
Então, odeio essa merda. Histórico. Onde já se viu?
De poema em poema, meus olhos crescem, e tudo parece mais fácil.

Quem diria....

terça-feira, 13 de novembro de 2012

cinza

Era uma vez um homem cinza. Cinza mesmo. Da cabeça aos pés. Morava em um mundo, que como ele, era cinza.

Seu nome era Graugrey. Era um homem simples. Tinha um trabalho simples e uma vida simples. Mas tudo, tudo a sua volta era cinza.

Os carros, as árvores, o mar, o céu, as pessoas... Era quase que uma massa cinza uniforme.

As vezes o Sr Graugrey tinha dificuldade de diferenciar o cinza do cinza....

Mas era só colocar o óculos que tudo melhorava.

Estava muito feliz naqueles dias, o Senhor Graugrey, pois possivelmente poderia ganhar uma promoção em seu emprego (Cinza como tudo)

Ele estava prestes a casar. Amava muito sua noiva. Tinha uma vida feliz, mesmo que cinza....Feliz

Naquele dia, ele teria um reunião muito importante, que talvez o faria ser promovido. Aí, ele poderia comprar aquela maravilhosa casa na praia. Era seu sonho ter uma casa na praia.

Praia, aquele lugar lindo, ver aquele mar cinza e areia cinza indiferenciáveis.

Estava rindo com seus amigos. Ai ele olhou pela janela e viu uma frase escrita em um prédio.

Esse mundo é cinza demais.

Então, o senhor graugrey largou seus talheres e ficou abismado. Olhou para os lados.

Tudo cinza, tudo igual.

"Meu Deus, que mundo horrível"-Pensou ele. Era tudo igual, tudo cinza, tudo cinza, tudo cinza.

Ele saiu correndo. Estava chovendo. Ele olhava pra tudo. Tudo cinza. Tudo igual, tudo morto. Que horrível.

Ele decidiu não mais viver. Correu muito. Correu até a praia.

Chegou lá, olhou para o horizonte. CINZA. Por que ele não havia percebido isso antes? Por que era tudo tão feio? Tão dolorido?

Ele colocou uma arma em sua cabeça. Não havia mais nada para se fazer naquele mundo. O mundo era horrível  E ele odiava cinza.

No último segundo de vida, em sua frente pousa um pássaro.

Mas o pássaro era de outra cor.

O pássaro era vermelho. Vermelho como o sangue.

O homem abaixou a arma. Uma lágrima cinza caiu de seu olho.

50 anos mais tarde, Graugrey conta isso pros seus netos.

Graygrey diz:
-Então meus netinhos, depois disso, passei o resto da vida procurando o pássaro vermelho. Mas nunca mais o achei.

-Mas vô, como que é o vermelho?

-Ah meus netos....

Graugrey olha para o horizonte.

-Vermelho é o cinza mais bonito que existe.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sobre o Livro

O melhor livro que li. Era lindo, nossa, mas que lindo livro apaixonante, explosivo,, surreal, sarcástico e com um leve gostinho de eterno.

A história, não havia propriamente. Era apenas uma divagação surda sobre todos os problemas da humanidade. Com leves toques de romance. Era sobre um menino sonhador que construía foguetes com seus olhos, era da menina corajosa que nada podia, que nada faria se não pensar em poder. Era sobre aqueles homens que choravam, mas suas lágrimas secavam a medida que o álcool os preenchia. O livro descrevia um mundo muito mais bonito, parecia que a própria Beleza o havia escrito. Parecia que eu não existia no real, só no imaginário do livro. O imaginário era tão real que eu chama o real de imaginário e o imaginário de real.

 Era tão bom não ter limites. Era tão bom ler aquele livro de capas finas e de grandes heróis. Aquele livro do garotinho poeta que morria de medo de viver. Aquele livro da garota que abandonou o garoto, e quer o garoto mais uma vez ao seu lado para dizer que "o ama tanto que o céu grande é pequeno perto de seu amor ingênuo". Fazer o menino rir baixinho. Fazer os olhos briguentos se encontrarem, verterem uma só lágrima, que se juntaria antes de tocar o chão. A garota que queria o beijo infinito, com milhares de rosas nascendo ao seu redor. Com ela se tornando deusa e reinando sobre os céus.

O livro falava sobre mentirinhas que fazem homens e mulheres sorrirem durante a vida árdua. O livro falava de sonhos baratos e desvantajosos, desses que a TV não mostra.

Nada fiz por um bom tempo senão ler esse livro e gritar alto por qualquer coisa. A próxima página me mataria com uma nova história. Com um novo desafio de lembrar que aquilo era apenas mentirinha.

Eita livro bom. Me deliciei por longos e longos dias. E como tudo na vida, não era eterno. Virar a última pagina e ver o vazio era doloroso. Mas, espera...vazio?

Vazio? Vazio? Vazio?

Folheei as páginas. Todas em branco. O que eu....Por que eu....?

Nada, tudo meu? Tudo de ninguém?

Nada escrito, nem uma vírgula. Que decepção. Quer dizer, as histórias foram realmente fantásticas.
Mas e dentro delas? Dentro de tudo?

Havia eu, só eu. Um sozinho, um quase-escritor.

Um só homem. só-zinho.