terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A menina e o Céu.

E foi assim.

Nada nem ninguém poderia mudar.
Com confianças destruídas, ela finalmente abriu os olhos.
Ela vê que ao lado dela estão três objetos.
Usados, velhos e quebrados.
E naquela noite, que foi mais clara do que todas as outras noites,
ela chorou.

Chorou porque descobriu que a luz que guiava o caminho era falsa.
Não se passava de uma pessoa brincando com uma lanterna.

Chorou porque sentiu uma solidão só sentida antes em tempos passados.

Chorou porque não queria que fosse verdade.

Quando terminou de chorar, calou se e foi dormir.


Então no dia seguinte menina foi obrigada a voltar para um mundo de mentiras.

Ao vê la ir sozinha para encarar tais coisas.
O céu chorou, chorou muito. Porque assim, ela demoraria um pouco mais no trajeto.

Teria um pouco mais de Paz.

domingo, 23 de janeiro de 2011

23-01-11 dia pra se esquecer

Hoje foi um dia pra se esquecer. Um dia que não teve significado
Um dia de comer, ver TV, pensar mais uma vez em questões existencias
E dormir de novo
Acho interessante essa vida na qual vivemos 90% dos dias sem significado
Mas viver sem significado começou a fazer sentido.
Porque não me sinto culpado por viver
Só passa na minha cabeça coisas como: como será se eu for até a padaria comer um sanduíche?
Ou, como seria s ELA me aceitasse mesmo eu nao sendo o homem dos sonhos dela?
Mesmo não sendo um colírio dos olhos dela
Mesmo não sendo um vocalista sexy?
Como seria se ela pensasse "putz, tou nessa vida de merda, sem sentido, foda-se, vamos ver se ele me faz feliz'
Vamos ver, dar uma chance
Uma única chance
Um momento eu-e-ela que ELA nunca esqueceria
NUNCA
minh garantia eterna
Não a deixaria esquecer
Sei quanto significo pra ela
Mas se a vida dela é tão certa assim
Deixe-ser
Continuo sonhando
E se passa mais um domingo
que eu podia jogar no lixo
Mas nunca perderá o significado
Todo o dia pensando nela é bom
Inevitavelmente bom

Inevitavelmente

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Impacto

E ele sentiu a vida pesar.
Sentiu que o chão onde pisava antes, era falso.
Sentiu que a o caminho que tomara, não levava a um lugar melhor.
Tinha muito, porém ... sofria por ter perdido algo que nunca lhe pertenceu.
Andava de um lado a outro da casa.
Ligava para amigos procurando respostas.
Falava que estava sempre bem.
Tentava nunca estar só, porque quando estava só, ele refletia sobre sua vida patética.
Afogava suas magoas com nada e isso era perturbador.
E todas as vozes internas gritando "Idiota!"
Ele se calava, colova a mascara e ia embora.
Melhor ninguem ver quem ele realmente é, porque o pobre coitado é digno de pena.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Fim de Noite? Começo de Dia?

Leopold fala:
- Estou cansado, Por que?? Porque??? Sempre, sempre, nunca, nunca. Que droga cansei!!

Não posso fazer nada, foi o que aconteceu, eu apenas conto a história.

Leopold fala:
- Mude ela então, mude e história. Dobre à minha vontade. Faça dar certo.

Não são assim que as coisas funcionam, Molly fez a escolha dela, você só pode lidar com esse fato. Stephen foi um bom amigo ao te contar.

Leopold fala:
- É eu sei disso, mas não concordo, não aceito, sinto raiva. Porque eu?? Seria até mais facíl se eu ainda fosse um tolo. Se ainda não soubesse de nada.

A verdade quando ilumina é dura, porém justa.

Leopold fala:
- Cale se!!! ... Estou cansado. As coisas são injustas em prol dos meus inimigos e são justas em detrimento dos meus sentimentos. Não poderia a vida ser apenas um pouco mais justa com esses porcos condenando os a sofrer. Não poderia a vida ser injusta fazendo eu ser o vitorioso.


Não...

Leopold fala:
- Por que?!?!

Bem... isso eu não posso dizer. A história ainda não acabou...


















Leopold fala:
- Vê Stephen, o Narrador se calou.

Stephen fala:
- Por que isso aconteceu? O que faria a voz que dita nossas vidas ser silenciada.

Leopold fala:
- Parei de acreditar nele.

Stephen fala:
- Como assim?? Impossível você negar aquilo que sempre te controlou.

Leopold fala:
- Parei de acreditar que ele possa fazer algo bom por mim. Parei de acreditar que um dia ele vá narrar algo de bom acontecendo comigo. Parei de acreditar que Molly poderia me amar.

Stephen fala:
- Parabéns então. Você vê as coisas mais claramente agora? Vê que não há nada além de palavras no papel.

Leopold fala:
- Isso eu já via meu caro. O que me dói mais foi aquilo que parei de ver.

Stephen fala:
- Isso seria?

Leopold fala:
- Seria felicidade no meu rosto. Parei de ver Molly, minimamente feliz ao meu lado. Parei de ver dias sem nuvens nessa cidade cinza.

Stephen fala:
- Pare de falar dela seu tolo. Siga sua vida, mesmo que isso faça você sentir uma dor muito forte. Você já resistiu antes, acho que resiste agora. Agora termine seu chouriço-mouro e vamos embora.

Leopold fala:
- Stephen... acho que... você passou mais tempo do que devia falando com o Narrador.

Stephen fala:
- Você é mesmo um tolo. Vamos está ficando cedo, tarde, cedo. Ahhh dane se. Fim de Noite? Começo de Dia?
O tempo é o nosso real Narrador Leopold.
E ele é desprezível.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mundinho preto-e-branco

É preto-e-branco!

Tudo, simplesmente tudo.
Não sei por que , nem por quem.

Só sei que abro os olhos, e vejo tudo preto-e-branco, me indago:"Poxa, por que é tão preto-e-branco assim?"

Não sei, sinceramente , não sei.
Sucede-se que, um dia, por ironia do destino...
Eu entendi o porquê disso ser assim.
A verdade, meus amigos, não contem para ninguém, mas eu...
Eu moro dentro de um quadro.
Dentro de um quadro!

Isso, um quadro, esquecido por algum pintor que provavelmente tinha mais o que fazer.

Como tinha mais o que fazer, deixou tudo assim, preto-e-branco.
Não sei se o preto seria do grafite dele e o branco da tela..
Ou se ele realmente pintou em preto-e-branco
Pois concluiu que seria mais adequado.

Fato é : nunca soube qual era a paisagem que ele pintou, da qual eu faço parte.
Mas é preto-e-branco. O céu é preto. As flores também. A maioria das coisas é.
O branco só dá uma quebrada para que possamos diferenciar as coisas.
Nunca me importei em viver preto-e-branco, num mundo preto-e-branco.
Não me incomodo em ver esse xadrez desgostoso durante todos os meus dias pretos-e-brancos.
Nem em ver novelas em preto-e-branco
Nem em sonhar em preto-e-branco
Nem em comer em preto-e-branco
Nem em chorar em preto-e- branco.
É um xadrez cotidiano, eu diria...

Só me imcomodo com uma coisa
Só me incomodo em ver alguém passar com todas as tintas do mundo...

Das mais diferentes cores

Das mais bonitas, das mais iluminadas

Das mais perfeitas tintas e combinações, da maior criatividade possível, da maior imposição de quem vai pintar tudo, das cores de grandes artistas, das cores de todos os espectros solares, do vermelho, do verde, do azul, de tudo aquilo junto, de tudo aquilo nesse mundo hostil e tenebroso, em que eu achava tranquilo ser tudo preto-e-branco. Tudo diferente. Diferença. Mudança enorme. Preciso de algo já. Preciso mudar já. Tintas e tintas vem, e eu só no desespero, e eu só querendo mais, mas eu só não consigo...Não, venha, venha, venha. VENHA"
Agora meu mundo vai ser colorido! com jogos de xadrez legais! com flores tendo sentido de ser flores, com o céu não sendo só um rascunho...Com o mundo se tornando mais do que um preto-e-branco uniforme!
Com o mundo virando mundo!
Com sonhos que não são só pretos-e-brancos!
Com graça...
Com sentido!!

Com tudo que eu não sabia que poderia existir, mas quando vi, quando experimentei a sensação de ver cores...

Preto-e-branco viraram amargura, viraram prisão...
Viraram um eterno jogo de xadrez sem peças...

Mas quem estava com as tintas passou reto pelo meu quadro.
Passou reto
passou reto

e eu lá, olhando, decepcionado...
Fui ver minha novela preta-e-branca
Minhas flores pretas no meu futuro caixão.
Meus sonhos sem graça que são imagem da minha vida
Preta-e-branca.

Fiquei decepcionado com tudo isso.
Não pela pessoa com as tintas não me pintar.
Afinal existem milhões de quadros, e eu não possuo excluisividade.

Fiquei decepcionado, porque eu gritei muito, para que ela me olhasse
Mas não fiquei decepcionado por ela não ter ouvido.

Fiquei decepcionado por ser só uma pintura.
E pinturas não falam, ou se falam , ninguém as ouve.
Pinturas são mudas.
Não queria ser uma pintura (ou um rascunho que seja)
Porque, nós não conseguimos de forma alguma escolher as pessoas que nos pintariam...

Sem que elas nos escolham primeiro.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Impasse

Não me diga como ser feliz
Não me diga que me ama
Só me diga como te esquecer
Como te odiar
Por favor me ensine!
Não existe o menor sentido em viver
Como eu vivo
Vendo o que eu vejo
E não te odiando da maior forma possível.
Que que eu sou?
Só mais um te rasgando os pensamentos
Só mais um completamente perdido em você
Só mais um que , em vez de te odiar
Acaba por ser tão louco e tão louco e tão louco

Que não sabe se carrega uma flor pra lhe dar
Ou carrega a arma para lhe silenciar
As marcas de meu corpo
Mostram as batalhas que já lutei
O quanto corri
O quanto comi
O qanto bebi
Mas nenhuma autópsia
Mostrará tudo que já senti

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ENTENDI

Você
Você mesma!
Você me acordou no meio da noite
pra me falar dos seus pesadelos.

Você me ligou no meio da chuva
Pra perguntar se eu estava molhado

Você correu atrás de mim quando eu fazia as malas
Desfez-as e disse: Pra lugar nenhum você vai!

Todo o tempo que eu não estava presente
Foi uma sólida força que estagnou qualquer espécie
De sentimento que não te envolvesse

Por que?
Pra que?

Não sei. Nunca te entendi
Não sou nada. E você ?... Você é tudo...
Olha pra essa diferença absurda, absurda

Você nunca me deixou verter lágrimas sem um abraço
Nunca me deixou sem sorrir do seu lado.
Nunca havia uma nuvem em nosso mundo azul
Ou rosa
Ou a cor que você quisesse..Porque cada gesto seu, cada palavra
Cada pensamento sobre amor...
Era da sua cor favorita..que por tabela era minha também.
Tentava me enxergar, mas não..não...
Enxergava a sorte, a benção, a felicidade..mas nunca eu...
Eu era poesia
Eu era luz
Eu era você
Mas não entendia o porque de tudo aquilo
O porque de me amar
O porque de sorrir...

Até que naquele bendito dia, peguei sua flor favorita
Corri até você, mas você não respondia, estava....ocupada
Beijando outros lábios
De outro felizardo, que não era eu...
Que me olhou com ar de arrongância
E qualquer palavra sua era...
Era...
Ah..AGORA EU ENTENDI O PORQUÊ

E fui ler um livro, pois não tinha mais porque sonhar

domingo, 9 de janeiro de 2011

Se fosse assim

Ah, que bom que posso falar de novo
Falarei sem medo então
Falarei sem receios de machucar ninguém.
Falo dos dias em que as árvores não fizerem mais fotossíntese
De quando as crianças não brincarem mais de guerra
De quando os adultos não brincarem mais de guerra
De quando os jornais anunciarem o desarmamento mundial
De quando o ocidente e o oriente se tocarem
Mas dessa vez, de forma compassiva

Ah, eu falo?
Falo de quando pessoas se cumprimentarem em lugares públicos.
De quando os ricos cansarem de ostentar sua frágil riqueza
Cansarem de fumar charutos caros
Cansarem de andar sem tocar os pés no chão.
Resolverem, por fim, ser como todos
Diviir tudo.
E as crianças não irão mais nas aulas de artes marcias
Irão na aula de artes do corpo
Arte de viver
Arte de amar

Só vizualizo esse dia
Em que o humano estiver assim
Um grandioso tabuleiro de xadrez.
Sempre intercalando-se com oposições
Mas aceitando-as e no final..deixando tudo quadrado
Não de chato
Mas de estável

....
....
....

Mas que poema é esse afinal?
É poema pra ler na xuxa?
É a utopia escrita com metáforas gordas?
Que poema é esse poeta???
Cadê a dor?
Cadê a tristeza?...
...

CALMA!
Não terminei minha utopia.
No dia que o mundo for assim
FLorido
E perfeito
E todos se amarem
E ninguém mais chorar...

Vou até lá!
Até a casa daquela garota
Até a casa dela
E dizer pra ela tudo.
E ela ouvirá tudo
E me amará de volta
E ai..
O mundo entrará em guerra
Desigualdade e fome....
E todo o amor do mundo...
Se perdeu novamente..
Mas eu e ela..
Ah rapaz, nós sorrimos...

Como se o mundo fosse nosso
Como se não fizessemos parte dele.