domingo, 9 de janeiro de 2011

Se fosse assim

Ah, que bom que posso falar de novo
Falarei sem medo então
Falarei sem receios de machucar ninguém.
Falo dos dias em que as árvores não fizerem mais fotossíntese
De quando as crianças não brincarem mais de guerra
De quando os adultos não brincarem mais de guerra
De quando os jornais anunciarem o desarmamento mundial
De quando o ocidente e o oriente se tocarem
Mas dessa vez, de forma compassiva

Ah, eu falo?
Falo de quando pessoas se cumprimentarem em lugares públicos.
De quando os ricos cansarem de ostentar sua frágil riqueza
Cansarem de fumar charutos caros
Cansarem de andar sem tocar os pés no chão.
Resolverem, por fim, ser como todos
Diviir tudo.
E as crianças não irão mais nas aulas de artes marcias
Irão na aula de artes do corpo
Arte de viver
Arte de amar

Só vizualizo esse dia
Em que o humano estiver assim
Um grandioso tabuleiro de xadrez.
Sempre intercalando-se com oposições
Mas aceitando-as e no final..deixando tudo quadrado
Não de chato
Mas de estável

....
....
....

Mas que poema é esse afinal?
É poema pra ler na xuxa?
É a utopia escrita com metáforas gordas?
Que poema é esse poeta???
Cadê a dor?
Cadê a tristeza?...
...

CALMA!
Não terminei minha utopia.
No dia que o mundo for assim
FLorido
E perfeito
E todos se amarem
E ninguém mais chorar...

Vou até lá!
Até a casa daquela garota
Até a casa dela
E dizer pra ela tudo.
E ela ouvirá tudo
E me amará de volta
E ai..
O mundo entrará em guerra
Desigualdade e fome....
E todo o amor do mundo...
Se perdeu novamente..
Mas eu e ela..
Ah rapaz, nós sorrimos...

Como se o mundo fosse nosso
Como se não fizessemos parte dele.

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