quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Não sei quanto o mundo é bom...

Soube de uma história, intrigante como toda história deve ser.
Que era de uma menina, tão linda, cabelos tão longos, sorriso tão eterno...
Menina de imagens bonitas, de idéias confrontantes. Como qualquer uma deveria ser.

E de um menino, confuso, silencioso...Sonhador...

E de um amor que parecia não dar certo.

Da menina linda, foto de fundo de tela.

Do menino, poeta apaixonado, adormecido em seus próprios sonhos.

Ele gostava de flores.

Ela não

Ele trouxe flores

Ela não

Ele enfeitou sua vida de flores. Porque as flores, eram como verdades absolutas, como sentimentos concretizados. Eram tudo que não podia ser escrito em seus poemas, em seus sonhos...

Ela não chorava jamais, apenas sorria. Apenas ignorava flores.

Flores, as coitadas, envelhecem.

Homens também.

A menina linda continuou a sorrir

O menino continuou a trazer flores.

Umas morreram, outras ainda não.

Pra que flores...

Pra que flores...

A menina cresceu. A menina foi-se embora

O menino...não sei dele ao certo.

Sei das flores.

Estão lá. Estão na história.

Quão complicado é escrever sobre amor.

Quão simples é escrever sobre flores.

O menino descobriu isso. E chorou.

A menina não descobriu, continuou a sorrir e foi embora.

E de seu sorriso, não nasceu nada.
E do choro dele
Nasceram flores

Que duraram para sempre

Um comentário: