sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Pierrot

Era noite de estreia. Mas ela não estava na plateia.
É noite de acorde, mesmo que ela nao concorde

Ele que era tão sabido da arte.
Ela que nem sequer fazia parte.
O que fazer? Quem eu devo ser?
Falo a verdade e me chamam de pinoquio.
Falo a mentira e chamam de solilóquio.
Ela que sabia Baskara,
E ele com a velha máscara.

Não é facil. Ele sabia ser
Ela só sabia estar
Ele só sabia perder
Ela só sabia ganhar.

O sexo é otimo, ela dizia
Ele lia, e ele só ria
Quem diria, quem diria
Que essa noite iria virar dia?

Elase foi, ele ficou
Com seus mil poemas
Com, seus mil dilemas, mil problemas
Ele era Esparta e ela era atenas.

Ele escreveu que chamariam de derrota
Ela, por ela, nao quis ser escolta
O poema vai, o poema volta.
O poema vai, o poema volta

E ele? Virou Dele
E ela? Virou daquele.
Não adianta fazer mais poesias garoto
O mundo é ruim, o caminho é torto

Ele podia ter pulado do 15 andar
Ela podia fingir nem ter ouvido falar
Ele nao pulou porem
Aguentou a loucura, amou mais ninguem

Histórias de amor são redundantes
Cansativas,
Estressantes
Criativas

Mas se ele se amar
Terá vencido a guerra
E ela cava seu tumulo
E nem sabe onde se enterra.

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