sábado, 20 de novembro de 2010

Ele e ela

Ele chora por um momento.
Ele seca os olhos rapidamente
Ele se concentra, ele respira
Ele se prepara
Ele finalmente vai.

Ela chora por muito tempo
Ela nao seca os olhos nunca
Ela está desconcentrada,
Prende a respiração
Nunca se preparou
Mas ela finalmente vai

Ele corre, ele corre
Com milhões de idéias gritando
Como um maratonista no último quilometro
Ele nunca tem certeza de nada
Nunca sabe se seu instinto vai livrá-lo
Mas, por algum motivo desconhecido...
Ele continua indo.

Ela senta, e espera.
Olha quadros, olha fotos, olha flores...
Mas nada surte efeito
É tudo preto-e-branco
É tudo colorido demais.
Seus pensamentos acinzentam O mundo
Mas, eventualmente, colorem.

Ele está confuso, confuso, atormentado
Já havia passado por ali
Já havia sentido aquelas coisas..
Já havia sonhado aqueles sonhos
Já havia duvidado daquelas coisas
Mas o que fazer?
Mas pra que fazer algo?

Ela está decidida
Mesmo nunca estando
Sempre há aquela dúvida.
Sempre há aquele pensamento controverso

Ele corre mais, corre mais,
Corre mais
Corre mais
Corre mais
Pensa em tudo agora.
Seus pensamentos , todos eles
São como asas...
Pensa em tudo que podia ter feito
Em tudo que podia ter falado
Mas agora, só pode correr.

Ela não sabe de nada...
Mas ela tambpem não se importa mais com isso.
Ela sobe.
Ela pensa em tudo que podia ter feito
Em tudo que podia ter falado.
Mas isso é passado...
Apenas o passado.

Ele finalmente chega
Ele finalmente sobe as escadas
Ele finalmente abre a porta


ELe...

Ela

Os dois finalmente se encontram

Ela não toca o chão com os pés.
Um banco está caído no chão
Ela está ali, pendurada
Pelo pescoço, por uma corda
Ela não fala nem se move.
Ela está lá,
Como se estivesse feliz.

Ele grita, chora
abraça-a com toda sua força
Abraçar pra que??
Mortos não abraçam de volta...
Ele grita, grita e grita
Ela, em silêncio, parece ouvir seus gritos
Parece feliz
Parece feliz
Parece...

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