domingo, 11 de julho de 2010

Poeta aos domingos

Era esse eu... um poeta.

Dos mais simples. Versos livres. Pensamentos extravazados.

Nunca perdia a oportunidade de dizer o que sentia.

Cada verso meu me emocionava. Cada flor que eu descrevia, cada personagem que eu inventava...

Cada mulher por quem já me apaixonei estava retratada naqueles pequenos versos tão bem-enfeitados.

Me sentia parnasiano...

As vezes barroco...

As vezes árcade...

Mas sempre me sentia um babaca..
Por tê-las apenas na poesia.
E da poesia me fazer feliz.
Sonhando longas noites...
Infestadas de pura mentira...

Infestadas de solidão...
O que me sobra, além do doce abraço do travesseiro, e o simples afago do cobertor?

Mas é claro que só escrevo por quem sinto...
O que sinto...
Mas é claro que tinha que me aparecer aquele amor..pra estragar minha rotina...

Aquela pessoa tão simplesmente normal...Tão extraordinariamente fantástica...
Percebi que o que sentia agora...não era típico de se escrever em poemas...
Era puro...Era pela primeira vez verdadeiro?
Não sei..mas com ela, não precisava necessariamente de seu afago...nem de seus beijos..

Seu nome já me alimentava...por grandes eternidades..
Agora recheadas da alegria...
Ela não era digna de poemas...
Somente de palavras escritas no céu...

Somente de constelações que lhe fizessem o retrato mais puro...
Era eu barroco de novo?
Romancista?
Idealizador?

Creio que não
Era apenas um poeta...

Talvez entediado por viver a mesmice do cotidiano...

Talvez maravilhado por ter encontrado seu grande amor...

Amor..
Que palavra...
Que pela primeira vez me achou...

2 comentários:

  1. é por essas e outras que eu digo e repito...grande T.Jura...filosofo E poeta do século XXI. meeeeu...so sua fa tana abscombi. juro mto...vc eh demaaaaais. hahahahahaha

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  2. meu deus...qm q roubou seu coração?

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